quinta-feira, 7 de abril de 2011

A ajuda...

Era expectável que mais dia, menos dia tal fosse acontecer.

Numa altura em que o país se afunda cada vez mais, nem todos estão de acordo com tal coisa (também tenho a minha opinião, mas não vem ao caso neste momento).

Ontem, depois do PM (de um governo em gestão) anunciar ao país que tinha resolvido pedir ajuda à UE (e como consequência mais directa, também ao FMI, penso eu!) surgiu uma maratona de anúncios por parte dos restantes partidos (uns a favor, outros contras, uns que preferiam ver o país ainda mais 'negro' para tomarem alguma decisão mais concreta sobre a ajuda, outros que já tinham avisado para que acontecesse à umas semanas atrás, em suma, houve de tudo, como era expectável!).

Sejamos racionais, Portugal tem uma dívida pública que ronda cerca do 90% do PIB neste momento (se as noticias não me deixam mentir), no final do ano e com a escalada que se tem verificado nas taxas de juro, no aumento dos preços, (em tudo e mais alguma coisa) a dívida pública 'chegaria' aos 97% do PIB.

(O que para qualquer pessoa com bom senso é algo extremamente incompreensível. Fazendo uma analogia, e comparando o país a uma família, para que se perceba minimamente:

- Uma família como um rendimento de 1000€ (para serem assim contas simples de fazer!) não pode, ou melhor não deve!, ter compromissos (quer sejam despesas com habitação, com carro, etc.) que ultrapassem os 40% do seu rendimento (ou 50%, dependendo dos casos). Ficando o restante, para as restantes necessidades da família e, se possível, para algumas poupanças mensais.

- Se se fizer uma analogia para o Estado, acontece o mesmo. É extremamente difícil aguentar o barco, quando se tem uma dívida que nos consome o rendimento anual, quase na totalidade. É incomportável conseguir honrar os compromissos, quando se chega ao ponto em que não conseguem pagar os créditos já contraídos (créditos que são feitos para pagar outros créditos e, assim sucessivamente!) e ninguém está disponível para 'disponibilizar' mais capital.)

Ou seja, o Zé Povinho, trabalhava todo o ano para nada!

É natural que o país não entre nos 'eixos' nos próximos anos, que não consiga 'arrebitar' as orelhas nos próximos meses, mas do jeito que a coisa se estava a complicar, se o pedido de ajuda não fosse feito, então é que a coisa azedava ainda mais para o povo.

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