sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PM e os anúncios aos portugueses em dias estratégicos

Verdade seja dita, que o gabinete de imprensa do PM, sabe bem aquilo que anda a fazer. Os anúncios numa quinta-feira (quase fim de semana!) não são por acaso. Os portuguses levam com as 'bombas' um dia antes, passam a sexta-feira deprimidos e no fim-de-semana volta tudo ao normal. Ou não!

O PM pensa que as coisas cá em baixo, para aqueles que tem rendimentos contados aos tostões andam abonadas, mas engana-se! Quem diz o PM, diz todos os restantes membros do governo.

Ora vejamos, assim uma familía por alto, com um rendimento de 1500€ mensais, com 4 pessoas (o que neste momento, deve ser a maioria da populção em PT):

Renda -> 600€


Despesas com água, luz, gás, e telefone -> 150€


Despesas com saúde -> 25€ (na melhor das hipóteses e sendo uma família sem encargos fixos a este nível)


Despesas com alimentação -> 300€


Prestação do carro -> 250€


Despesas com educação -> 150€ (supondo que um dos filhos já estuda no ensino publico e que outro ainda se encontra na creche; supondo também que nenhum dos filhos estuda no ensino superior, porque se assim fosse, a despesa com educação disparava para uns 300€ ou 400€ mensais)


Despesas extras -> (como o seguro automóvel, como uma doença inesperada, como uma reparação em casa, etc, etc...)


Fora despesas com vestuário, calçado, gasóleo, etc..


Só nisto um orçamento familiar é levado aos limites todos os meses, sem hipóteses de se poder fugir em nenhuma das prestações fixas que existem. Perante tal situação o PM anuncia o seguinte:


Eliminação dos subsídios de férias e de natal para todos os funcionários públicos e da administração publica e das empresas publicas e dos pensionistas acima de mil euros;


Horário de trabalho no sector privado será aumentado em meia hora por dia nos próximos dois anos. A taxa social única não vai descer;


Limitação das deduções fiscais que os contribuintes poderão fazer no IRS do próximo ano;


Redução considerável do âmbito de bens da taxa intermédia do IVA, embora se mantenha para um conjunto de bens cruciais para sectores como a agricultura, vinicultura e pescas;


O sector empresarial do estado vai ser alvo de uma profunda re-estruturação, que deverá passar pelo congelamento da atribuição de prémios a gestores públicos ate ao final de 2013;


Agravamento da tributação das transferencias para off-shores e paraísos fiscais;


Cortes muito substâncias nos sectores da saúde e educação;


A maioria das prestações socias, como o subsídio de desemprego, de doença ou de maternidade, estarão isentas de tributação em sede de IRS, ao contrário do acordado com a troika.


(sem em nenhuma altura deixar de repetir "É o orçamento mais difícil de que temos memória.")


Disto isto e depois de muito se especular, pergunto eu (que nada percebo de política, mas que tenho de gerir um determinado valor anual para me puder sustentar a nível do ensino superior, que na sua generalidade vinha dos ditos subsídios de férias e de natal dos pais...):


- O que andam os governantes a fazer ao país? Aos jovens? (que, "supostamente", são o futuro!) As famílias? (que cada vez mais se encontram em situação de aperto)

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